terça-feira, 10 de julho de 2012

A Nova Era Começou


 
Jeshua por Pamela Kribbe - Junho/2012

Querido amigo,

A Nova Era começou. Eu sou Jeshua. Estou aqui com você em alegria e lhe digo que já estamos lá; a Nova Era já começou! Um novo mundo se desdobra em você e ao seu redor. Já começou; uma Nova Era está surgindo. E a antiga, a realidade da velha Terra, como você pode ver, está se despedaçando e entrando em colapso. Você pode ver isso acontecendo todos os dias nas notícias, nos eventos que ocorrem num nível global, e também, em proporções menores, nas pessoas à sua volta que estão em crise. Elas são envolvidas por catástrofes pessoais, questões financeiras, questões de relacionamento, ou em questões de saúde, aparentemente causadas por circunstâncias que estão fora delas.

Todos esses eventos funcionam como catalisadores, como chamadas para despertar, que forçam cada um a mergulhar nas profundezas do seu próprio ser e começar a procurar o que realmente existe ali. O que você encontra aí? O que realmente o ancora em você mesmo? E quão sólido é você? Que segurança está lá para ser encontrada, que pertence unicamente a você, e que é independente do que lhe acontece a partir do mundo externo? Você encontra uma base sólida no seu interior, ou parece cair nas profundezas insondáveis da incerteza, medo e desespero? É isto que uma crise – uma crise real – faz com você. Ela o priva de todas as suas certezas e põe tudo em risco na sua vida. Isto é o que o desenvolvimento da consciência está fazendo com as pessoas nesta era, tanto no nível macro – na política, economia e cultura globais – quanto no nível micro – nos indivíduos, em você mesmo. Todos têm vivenciado isto em si mesmos, e alguns estão percebendo como tudo continua mudando em suas vidas. Esta é uma era de mudanças intensas, e é isto que traz o novo… que já se faz visível.

Eu o saúdo a partir dessa novidade que vi nascer em você. É com essa sua parte que eu entro em contato aqui, e não a parte que ainda está presa a velhos medos, à dúvida e à incerteza – dou minha energia à parte nova. Focalizo nela a minha atenção, minha observação, e assim faço com que floresça. Sinta minha energia e minha presença. Sinta meu olhar sobre você, focalizado na sua parte mais brilhante, mais otimista, esperançosa, poderosa e bela; e sinta como ela se acende. Sinta como, de fato, você já sabe tudo, e sinta que já está lá, porque você realmente já está lá! Dentro do seu ser terreno, você carrega a Luz da sua alma. Sinta no seu coração, que você tem uma Estrela de Luz ancorada aqui na Terra. Seu desejo de liberação interior e consciência se traduz agora num Novo Começo. Deixe que ele o carregue através da vida – confie na vida.

Você não precisa fazer isto sozinho; estamos todos juntos aqui. Sinta a força da nossa energia combinada: ela nem é uma força que entra em ação nem um poder que está constantemente ocupado. É mais como um solo fértil que o sustenta e nutre, silenciosamente e sem esforço. Esta é a sensação gerada pela presença de pessoas afins. Sinta essas almas semelhantes à sua volta e também aquelas daquela família mais estendida, lá de fora. Ela certamente está ricamente representada na Holanda (onde se deu esta canalização). Você não é mais um solitário que se opõe à ordem estabelecida, ou se afasta por sentir que não pertence a este lugar. Você não é mais aquele campeão solitário.

O momento atual é de mudança; a ordem estabelecida está de saída. Não existe mais nenhuma das velhas certezas; existe um vazio ansioso no coração das pessoas. As coisas que sempre pareciam tão certas, e que podiam ser mentalmente forçadas ou manipuladas, agora escorregam como areia fina através dos seus dedos. Esta era exige um desapego profundo do antigo e requer uma fundação genuinamente nova sob seus pés. Você já está nesta estrada há algum tempo, e por isto é um dos que podem servir de exemplo aos outros – mais uma vez, não pela ação nem pela agitação de estar ocupado, mas pela alegria de ser quem você é. Agora você pode realmente relaxar: já estamos lá! A Nova Era está lentamente crescendo e florescendo.

A energia da Nova Terra permaneceu em estado latente, adormecido, primeiro nas margens desta realidade e depois nas fendas e fissuras, e realmente nunca conseguia sair de lá. E muitas vezes você também se sentiu assim, como Trabalhador da Luz, especialmente em vidas anteriores, achando que tinha que se esconder em recantos e fendas, e que não conseguiria sair de lá, ou não tinha permissão para fazer isso. Agora as estruturas estão ruindo e a Luz está livre para sair desses cantos estreitos.

Você pode aparecer, você é aceito, e agora a sua energia é mais do que bem-vinda. Embora possa lhe parecer estranho, e você possa se perguntar se isto é realmente possível, peço-lhe que seja generoso com o que tem prevalecido através do seu trabalho interior: a sabedoria que você acumulou e o silêncio e a compaixão no seu coração. Deixe que estas qualidades transpareçam para os outros e não as esconda mais – deixe a Luz fluir. Sinta-se em casa na Terra; ela é o seu planeta e, também, sua Terra Natal. Entretanto, vejo que você ainda enfrenta a dúvida e a incerteza: “Será que sou bem-vindo aqui? Será que a sociedade se beneficiará com a mensagem que trago?” E a resposta é “Sim!” Mas não precisa pensar em termos de estruturas ou movimentos sociais – mantenha uma proporção menor. Na sua vida pessoal há muitas formas de deixar a Luz fluir com mais clareza.

Olhe agora como você vive no ambiente do seu dia-a-dia e observe como sua energia flui aí. Tome uma situação em particular; permita que ela se mostre espontaneamente. Talvez tenha algo a ver com sua família, com um parceiro, ou algo na área do seu trabalho. Você permite que os outros o vejam como você realmente é? Você ousa mostrar sua verdadeira face, seu conhecimento, sua sabedoria, sua grandiosidade? Ou você se retrai com medo e a velha vergonha acumulados em todas as eras e vidas que precisou se esconder nas sombras? Está na hora de se acostumar com essa virada.

Talvez você ainda esteja projetando a visão de uma Nova Terra lá na frente, imaginando que ela ainda está chegando e se encontra no futuro… não no agora, mas em algum dia. Porém, estou lhe dizendo que é agora! A era está madura e a mudança está acontecendo agora, no meio do caos. Neste momento, existem aberturas nos corações das pessoas.

Assuma seu lugar de direito e não hesite. Como fazer isto? Como assumir seu lugar no mundo? Como falar, como agir, como viver a partir da sua alma, a partir do seu âmago? A característica da vida na Nova Era, da Nova Terra, é que você deve estar sempre conectado com sua alma, movendo-se junto com esse fluxo. Siga o seu coração, porque é aí que reside a chave principal. E se perceber que o velho medo e a dúvida o agarram de novo, abrace-os com o seu coração, mas seja firme: “Estes não me pertencem mais; esta é uma estação que eu já passei; minha estrada agora me leva através do Portal.”

Esteja consciente do que o nutre e lhe dá energia na Nova Terra. Procure aqueles lugares ou situações ou pessoas que o levem de volta ao seu centro, e o ajudem a perceber quem você é e a se libertar do antigo. Agora isto pode acontecer, porque você mesmo limpou sua estrada. Eu lhe imploro: acredite em si! Muitas vezes você ainda se vê muito pequeno em seus pensamentos: “Não, não posso fazer tal coisa, porque ainda não fiz isto ou aquilo, e preciso liberar ‘x’ ou ‘y’, especialmente todos os meus medos e dúvidas.” Isto é verdade, num certo sentido. Mas onde você coloca sua atenção? Na sua parte escura? Eu olho para o ouro em você – o esplendor da Nova Era – e o convido a fazer o mesmo e surpreender-se e maravilhar-se com a beleza que está presente em você, desejando brilhar. Não é uma questão de ego nem de falso orgulho ver-se nessa Luz – ela é a Luz de Deus, finalmente; só que Deus não é algo fora de você, mas uma força que flui através de você – inesgotável, cintilante e criativa. Bem-vindo a este brilho magnífico e intenso que é seu!

E naturalmente você pode entender os motivos, quando seu eu humano é assaltado ocasionalmente por medos, dúvidas e preocupações, mas já não se deixa impressionar por eles. Sinta a sua própria dignidade; sinta que essa dignidade tem o direito de ser; e trate o antigo – tanto em si mesmo quanto nos outros – com compaixão. Mas não se deixe mais distrair por ele; você já está além dele.

Então, esta é a minha mensagem para hoje, colocada de uma forma muito simples: você está lá; nós estamos lá; a Nova Era já começou! Permita que ela dance através de todas as suas células e flua para fora. Não reaja mais com doação desequilibrada, ou com vontade de lutar, ou criando pressão para si mesmo. Seja espontâneo; seja natural como os raios que se irradiam do Sol; natural como as flores exibindo sua beleza na Primavera. Permita que o seu Eu Verdadeiro flua com aquilo que seu coração inspira e não se deixe enganar pela sua mente que levanta objeções. Naturalmente, seja gentil com o intelecto e as dúvidas, mas dê risada deles. Siga adiante nessa alegre correnteza para a Nova Era, porque ela o espera. Por seu intermédio surgirá a Nova Terra.

Jeshua

© Pamela Kribbe 2012 www.jeshua.net

Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Terceiro Caminho


 
Jeshua Canalizada por Pamela Kribbe

Querido amigo,

Eu sou Jeshua, e estou aqui com você. Através das barreiras do espaço e do tempo, estou aqui ao seu lado; sinta-me em seu coração. Estou tão familiarizado com a condição humana – com seus altos e baixos. Explorei toda a área dos sentimentos humanos, e dentro desse mundo de extremos, acabei encontrando uma saída; uma passagem para um modo diferente de olhar para as coisas, através do qual toda a experiência de ser um humano se apresenta numa luz diferente – um modo que cria tranquilidade e paz no seu coração.

É sobre esta saída, esta passagem, que eu gostaria de lhe falar hoje. É bem provável que você se encontre num dilema, numa luta consigo mesmo. Há uma ideia viva em sua mente que você deveria ser melhor do que é hoje; que deveria ser mais altamente desenvolvido, mais santo, mais capaz de seguir determinadas regras, um ideal mais elevado que tem para si mesmo – mas este é um ideal falso. Todo trabalho que você vem fazendo em si mesmo está baseado na ideia de que você não é bom do jeito que é; de que você tem o poder de mudar a si próprio; de que você tem controle sobre o fato de ser humano. Esta é uma ideia antiga, que você já vivenciou plenamente numa era muito antiga.

Esta ideia existiu, em parte, na Atlântida, onde você desenvolveu o terceiro olho, e vivenciou-o como o centro de observação da sua cabeça. A partir desse terceiro olho, você podia perceber as coisas, e a partir daí também, você queria intervir para moldar a vida aos seus desejos. Havia uma certa tendência à dominação em você, mas essa tendência também era inspirada pelo seu conceito de verdade. Você tinha ideia de que agia com base em princípios elevados, então o que você fazia era “bom” – e é assim que sempre acontece. O poder é sempre velado por ideias que são tidas como boas. Toda uma ideologia, então, é construída em torno de tais ideias, transformando-as numa cosmovisão que dá a impressão de aspirar ao bem, quando, em essência, você está tentando controlar a vida – tanto em si mesmo quanto nos outros.

O poder corrompe – ele o afasta do fluxo natural da vida que está presente em todo ser humano. O poder lhe dá um conceito de maleabilidade que, de fato, está baseado na ilusão. A vida, como você a conhece, não é flexível dessa maneira, e não é determinada pela razão, nem pela vontade, nem pelo terceiro olho. A vida não se ajusta a uma cosmovisão nem a um sistema, e não pode ser organizada com base em processos mentais.

Por um longo tempo, você se manteve numa batalha com a sua humanidade – a sua condição humana. Muitos caminhos espirituais baseiam-se na ideia de que você deve se trabalhar para se elevar, e que precisa se impor um plano de ação que o conduza a uma situação ideal. Mas isto cria muito conflito interno. Se começar com a ideia de um ideal desejado, você imporá normas a si mesmo que, no fundo, sabe que não vai cumprir – e assim falha logo de saída.

Agora, sinta a energia desse modo de pensar… o que você está fazendo consigo mesmo? Que energia vem da necessidade de impor, da busca de autoaprimoramento e do desejo de organizar a vida, suas emoções e seus pensamentos? Sinta a energia de querer controlar as coisas. É uma energia amorosa? Geralmente essa energia se apresenta como amor, como o bem e a verdade, mas o poder sempre se oculta desta forma, para que seja mais fácil de as pessoas aceitarem-no. O poder não mostra sua face abertamente; o poder seduz através do pensamento. É por isto que é melhor não pensar nessa questão, mas sentir o que o desejo de controlar a vida está fazendo com você.

Observe a si mesmo na sua vida cotidiana, no presente, na sua vida atual. Quantas vezes você ainda luta consigo mesmo, condenando o que surge do seu interior, o que brota naturalmente em você e deseja fluir? Neste estado de julgamento encontra-se uma energia crítica, uma frieza: “isto não pode ser, isto é errado, isto precisa ir embora.” Sinta esta energia… ela o ajuda?

Quero levá-lo agora a um modo diferente de olhar para si próprio; um lugar onde a mudança pode ocorrer, mas sem luta, sem exercer uma pressão ditatorial sobre si mesmo. Para que isto fique claro, deixe-me dar-lhe um exemplo. Imagine algo que aconteça na sua vida e lhe desperte um sentimento de raiva ou irritação – seja o que for. Agora, você pode reagir a essa raiva de formas diferentes. Se não estiver acostumado a refletir sobre suas emoções, e suas reações forem muito primárias, então não há nada aí além da raiva – você está com raiva, ponto final. Você está envolvido nela e se identifica com ela. Nesse caso, geralmente acontece que você põe a culpa da sua raiva do lado de fora de si – você projeta a culpa em outra pessoa. Alguém fez algo de errado e é por culpa dele ou dela que você está com raiva. Esta é a reação mais primária – você está identificado com sua raiva, você está com raiva.

Outra possibilidade é o que eu chamo de segundo modo de reagir. Você fica com raiva e imediatamente uma voz na sua cabeça lhe diz: “isto não deveria acontecer; isto está errado; não é bom que eu fique com raiva; preciso reprimir isto.” Pode ser que você tenha sido ensinado a reprimir a raiva pela sua educação religiosa ou por uma perspectiva da sociedade. Por exemplo: é melhor, mais bonito, mais moralmente correto não mostrar sua raiva para os outros. Principalmente se você for mulher, não é apropriado expressar sua raiva abertamente – isto não é feminino.

Existem vários tipos de ideias que lhe foram incutidas e que o levam a julgar sua própria raiva. O que acontece então? Você sente raiva e imediatamente surge uma opinião a respeito dela: “isto não é permitido, isto é errado.” Então, sua raiva se transforma no seu lado sombra porque, literalmente, ela não pode vir à Luz – ela não deve ser vista! O que acontece com a raiva, quando é reprimida deste jeito? Ela não desaparece, ela vai para trás de você para afetá-lo de outros modos; pode, por exemplo, fazer com que você se torne assustado e ansioso. Você não pode utilizar o poder que reside na raiva, porque não se permite usá-lo. Você pode mostrar seu lado doce, agradável, prestativo, mas não esse seu lado exaltado, irritado – seu lado rebelde. E assim, a raiva fica trancada, e você pensa que é diferente das outras pessoas porque tem esses sentimentos, e pode até começar a se afastar dos outros. Em qualquer caso, isto cria um conflito amargo no seu interior e, aparentemente, entre dois eus – um eu Luz e um eu Sombra. Enquanto isso, você fica preso nesse jogo doloroso, e isto o machuca internamente, porque você não pode se expressar. É este julgamento que o limita.

Você realmente se torna uma pessoa melhor por causa dessa reação? A repressão das suas próprias emoções vai levá-lo ao ideal de um ser humano pacífico e amoroso? Quando lhe descrevo tudo isto, você pode ver claramente que este tipo de reação não funciona – ela não conduz à verdadeira paz, ao verdadeiro equilíbrio interior. Entretanto, você faz tudo isto consigo. Com muita frequência, você silencia suas emoções, porque não são boas de acordo com a moral que você mantém, e você não reflete sobre esses conceitos morais – de onde eles vêm, e quem ou o que os transmitiu a você. Então, é isto que lhe recomendo que faça: não pense sobre ela, mas sinta-a; sinta essa energia que vive nos julgamentos que você lança sobre si próprio, com suas imagens do que é ideal e do que você “deveria fazer”, que às vezes parecem vir de motivos aparentemente muito elevados – deixe estar. Você não se torna iluminado freando suas emoções e suprimindo-as sistematicamente.

Existe um terceiro caminho – um terceiro modo de vivenciar suas próprias emoções humanas. O primeiro modo era identificar-se totalmente com sua raiva, como no exemplo anterior. O segundo modo, era ocultá-la, suprimi-la e condená-la. O terceiro modo é permiti-la, deixá-la ser e transcendê-la. É isto que a consciência faz. A consciência da qual eu falo não julga – é um estado de ser. É uma forma de observação que, ao mesmo tempo, é criativa. Agora, muitas tradições espirituais têm dito: “conscientize-se de si mesmo, isto é o suficiente”. Mas então, você fica se perguntando, como pode ser isso. “Como pode a simples conscientização de mim dar origem a mudanças no fluxo das minhas emoções?” É preciso compreender que consciência é algo muito poderoso. É muito mais do que o registro passivo de uma emoção – consciência é uma força criativa intensa.

Agora imagine de novo que alguma coisa no mundo exterior evoque uma emoção poderosa em você – por exemplo, raiva. Ao lidar com ela conscientemente, você a observa totalmente em si mesmo. Você não faz nada a respeito, enquanto, ao mesmo tempo, continua observando e assistindo. Você não se identifica mais com a raiva, você não se perde nela, simplesmente permite que a raiva seja o que é. Este é um estado de desprendimento, mas um desprendimento que exige muita força, porque tudo o que você aprendeu o seduz a se deixar arrastar pelo seu humor para o interior da sua emoção de raiva ou medo. E para tornar tudo mais complicado, você também é atraído para o julgamento a respeito dessa raiva ou medo. Então, você é atraído em duas direções e afastado da consciência – da saída da qual eu falei no começo; a saída que é o caminho para a paz interior. Sua forma habitual de lidar com emoções afasta-o do seu ponto central, por assim dizer… afasta-o daquela consciência. No entanto, esta é a única saída.

A única maneira de não se tornar inconsciente é observar silenciosamente a extensão completa da emoção, mantendo-se, assim, inteiramente presente. Você não se deixa envolver – nem pela emoção, nem pelo julgamento da emoção. Você observa-a em total consciência e com um sentimento de suavidade: “É assim que acontece em mim. Vejo a raiva surgir em mim; sinto-a percorrer meu corpo. Meu estômago reage… ou meu coração. Meus pensamentos estão correndo para justificar minha emoção. Meus pensamentos me dizem que estou certo e não a outra pessoa.” Tudo isto você pode ver acontecendo enquanto se observa, mas você não vai junto. Você não mergulha nisso, não se afoga. Isto é consciência – isto é clareza de mente. E, deste modo, você põe para descansar todos os “demônios” da sua vida: o medo, a raiva, a desconfiança. Você lhes dá força quando se identifica com eles, ou quando os combate com julgamento – das duas formas, você os alimenta. O único modo de transcendê-los é se elevar acima deles, por assim dizer, com a sua consciência – não lutar contra eles, mas simplesmente deixá-los ser o que são.

O que acontece com você então? A consciência não é algo estático; as coisas não se mantém como são. Você perceberá que, se não alimentar as energias da emoção ou do seu julgamento a respeito dela, elas se dissiparão gradualmente. Em outras palavras, seu equilíbrio torna-se mais forte; seus sentimentos básicos passam a ser os de paz e de alegria. Porque, se não há mais batalha no seu coração e na sua alma, a alegria vem borbulhando para cima. Você enxerga a vida com um olhar mais brando. Você vê o movimento das emoções no seu corpo e o observa. E observa também os pensamentos que começam a correr pela sua cabeça, com um olhar suave e brando. Saiba que a capacidade de observar e não ser engolido é algo muito poderoso e forte. Esta é a saída!

Quero lhe pedir agora, neste momento, que experimente o poder da sua própria consciência – o puro ser – e a liberação, através dela, que lhe permite sentir que não há nada que precisa mudar em você. Sinta a tranquilidade e a claridade esta consciência: isto é o que você realmente é. Ponha de lado os falsos julgamentos. Deixe as emoções fluírem e não as reprima – elas fazem parte de você e algumas delas têm uma mensagem. Pergunte a si mesmo se você tem uma emoção que você teme, que o incomoda, que você luta contra ela. Talvez seja uma emoção que tenha se tornado tabu para você. Permita agora que ela venha à tona na forma de uma criança ou animal – para se apresentar, para se mostrar. Essa criança pode se expressar completamente, ou pode até se comportar mal. O que quer que aconteça, você deve permitir que ela faça o que deseja fazer e lhe diga o que sente. Você é a consciência que observa e diz: “Sim, quero ver você; quero ouvir sua história; expresse-a. Conte-me sua história, porque é a sua verdade. Poderá não ser a Verdade, mas quero ouvir sua história.”

Vivencie suas emoções deste modo e não as condene. Deixe que elas falem com você. Trate-as com a brandura de uma pessoa idosa e sábia, e observe o que essa criança ou animal lhe traz. Muitas vezes, escondida numa emoção negativa, existe uma força vital pura que deseja emergir, mas que foi sufocada até a morte por todos os preconceitos do julgamento. Deixe a criança ou animal vir pulando em sua direção. Talvez ela mude de aparência agora – receba-a com acolhimento amoroso.

A conscientização transforma – é o principal instrumento de mudança e, ao mesmo tempo, não quer mudar nada. A conscientização diz, “Sim – sim para o que é!” Ela é receptiva e aceitadora de tudo que está aí, e isto muda tudo, porque ela o liberta. Você agora está livre – não mais à mercê das suas emoções ou dos seus julgamentos sobre elas. Ao permitir que sejam, elas perdem o controle sobre você. É claro que ocasionalmente ainda pode acontecer de você se deixar dominar pelas suas emoções e preconceitos – isto é ser humano. Tente não ficar preso aí e não se castigar por isso: “Ai, eu não alcancei a Consciência Clara – devo estar fazendo alguma coisa errada!” Se fizer isto, fará com que a bola do julgamento comece a rolar de novo. Você pode voltar sempre para a saída, voltar à paz, não lutando consigo mesmo. Observe o que está aí, e não se engane: não ser arrastado para dentro é uma grande força. Este é o poder da verdadeira espiritualidade. Verdadeira espiritualidade não é moralidade – é um modo de ser.

© Pamela Kribbe 2012 www.jeshua.net

Tradução: Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A Identidade do Trabalhador da Luz


Jeshua Canalizado por Pamela Kribbe

Os Trabalhadores da Luz são almas que mantêm o forte desejo interior de difundir a Luz - o conhecimento, a liberdade e o amor próprio - na Terra. Eles sentem isto como uma missão. Eles são frequentemente atraídos à espiritualidade e ao trabalho terapêutico de algum tipo.

Devido a sua missão intensamente sentida, os Trabalhadores da Luz frequentemente se sentem diferentes de outras pessoas. Ao experienciarem diferentes tipos de obstáculos em seu caminho, a vida os provoca a encontrar o seu próprio e único caminho. Os Trabalhadores da Luz são quase sempre indivíduos solitários, não se adaptando às estruturas fixas da sociedade.

Uma nota em relação à noção de "Trabalhador da Luz"

A palavra "Trabalhador da Luz" pode evocar uma compreensão errônea, desde que isto exclui um grupo particular de almas do resto. Isto pode ser assumido ao sugerir que este grupo em particular é de algum modo superior aos outros, isto é, "aqueles que não trabalham para a luz." Toda esta linha de pensamento está em desacordo com a verdadeira natureza e intenção do trabalho de luz. Vamos afirmar rapidamente o que está errado com ele.

Primeiro, os que reivindicam superioridade geralmente não são iluminados. Eles impedem o seu crescimento em relação à consciência livre e amorosa. Segundo, os Trabalhadores da Luz não são "melhores" ou "superiores" a qualquer outra pessoa. Eles simplesmente têm uma história diferente do que aqueles que não pertencem a este grupo. Devido a sua história particular, que discutiremos abaixo, eles têm determinadas características psicológicas que os distinguem como um grupo.

Terceiro, cada alma se torna um Trabalhador da Luz no mesmo estágio do seu envolvimento, assim o rótulo "Trabalhador da Luz" não é reservado a um número limitado de almas. A razão pela qual usamos a palavra "Trabalhador da Luz", apesar de possíveis compreensões errôneas, é porque ela mantém associações e incita as memórias dentro de vocês que os ajudem a recordar. Há uma conveniência prática para ela também, desde que o termo é frequentemente usado em sua atual literatura espiritual.

Raízes Históricas do Trabalhador da Luz

Os Trabalhadores da Luz mantêm dentro deles a habilidade de alcançar o despertar espiritual mais rápido do que as outras pessoas. Eles carregam sementes internas para um rápido despertar espiritual. Em relação a isto, eles parecem estar em um caminho mais rápido do que a maior parte das pessoas, se eles assim o escolherem. Isto, novamente, não é porque os Trabalhadores da Luz sejam de algum modo almas "melhores" ou "mais elevadas". Eles são, entretanto, mais velhos do que a maior parte das almas atualmente encarnadas na Terra. Esta idade mais velha deveria preferivelmente ser compreendida em termos de experiência e não de tempo.

Os Trabalhadores da Luz alcançaram um estágio particular de iluminação antes que eles encarnassem na Terra e começassem a sua missão. Eles escolhem conscientemente se ligarem à "roda Kármica da vida" e vivenciar todas as formas de confusão e de ilusão que a acompanham. Eles fazem isto a fim de compreenderem plenamente a "experiência terrestre". Isto os capacitará a cumprir a sua missão. Somente ao passarem por todos os estágios da ignorância e da ilusão, eles possuirão eventualmente as ferramentas para ajudar outros a alcançar um estado de verdadeira felicidade e iluminação.

Por que os Trabalhadores da Luz perseguem esta missão sincera de ajudar à humanidade embora correndo o risco de se perderem durante eras na opressão e na confusão da vida terrestre? Esta é uma questão com a qual trataremos extensivamente abaixo. Por enquanto, nós diremos que isto tem a ver com um tipo de Karma galáctico. Os Trabalhadores da Luz permanecem desde a véspera da origem da humanidade na Terra. Eles tomaram parte na criação do homem. Eles foram os co-criadores da humanidade. No processo da criação, eles fizeram escolhas e agiram de modos, com os quais eles vieram a se arrepender profundamente mais tarde.

Eles estão aqui agora para compensar as suas decisões no passado. Antes que entremos nesta história em particular, nomearemos algumas características das almas do Trabalhador da Luz que geralmente os distinguem de outras pessoas. Estes traços psicológicos não pertencem unicamente aos Trabalhadores da Luz e nem todos os Trabalhadores da Luz reconhecerão todos eles como seus. Mas ao elaborarmos esta lista, nós queremos simplesmente dar um esboço da identidade psicológica do Trabalhador da Luz. Em relação a estas características, o comportamento exterior é de menos importância do que a motivação interna ou a intenção sentida. O que vocês sentem interiormente é mais importante do que o que vocês mostram exteriormente.

Características Psicológicas dos Trabalhadores da Luz:

Desde o início em sua vida, eles sentem que são diferentes. Mais frequentemente do que não, eles se sentem isolados dos outros, solitários e mal compreendidos. Frequentemente eles se tornarão individualistas, tendo que encontrar o seu próprio e único caminho na vida. Eles se sentem atormentados (perturbados) em casa, em empregos tradicionais e/ou estruturas de organizações. Os Trabalhadores da Luz não são naturalmente autoritários, o que significa que eles naturalmente resistem às decisões ou aos valores baseados somente no poder ou na hierarquia. Este traço não autoritário está presente ainda que eles pareçam tímidos e envergonhados. Isto está ligado à verdadeira essência de sua missão aqui na Terra.

Os Trabalhadores da Luz se sentem atraídos para ajudar as pessoas, como um terapeuta ou como um professor. Eles podem ser psicólogos, curadores, professores, enfermeiros, etc. Ainda que a sua profissão não se refira a ajudar pessoas de uma maneira direta, a intenção de contribuir para o bem mais elevado da humanidade está claramente presente. Sua visão da vida é caracterizada por uma percepção espiritual de como todas as coisas estão relacionadas. Eles mantêm, consciente ou inconscientemente, memórias dentro deles das esferas de luz não terrestres. Eles podem ocasionalmente se sentir saudosos por estas esferas e se sentirem como um estranho na Terra.

Eles honram e respeitam profundamente a vida, o que frequentemente se manifesta como um amor pelos animais e uma preocupação pelo meio ambiente. A destruição de partes dos reinos animal e vegetal na Terra pela ação humana, invoca neles intensos sentimentos de perda e tristeza. Eles são bondosos, sensíveis e empáticos. Eles podem ter problemas ao lidarem com o comportamento agressivo e eles geralmente experienciam dificuldades em se defenderem. Eles podem ser sonhadores, ingênuos ou intensamente idealistas, assim como insuficientemente ancorados, isto é, aqui na Terra. Por assimilarem facilmente sentimentos e humores negativos das pessoas ao redor deles, é importante que eles passem um tempo sozinhos em uma base regular. Isto os capacita a distinguir entre os seus próprios sentimentos e aqueles dos outros. Eles precisam de um tempo solitários para que entrem em contato com eles mesmos e com a Mãe Terra.

Eles viveram muitas vidas na Terra, nas quais eles ficaram intensamente envolvidos com a espiritualidade e/ou a religião. Eles estiveram presentes em números esmagadores, nas velhas ordens religiosas do seu passado, como monges, freiras, eremitas, paranormais, bruxas, xamãs, sacerdotes, sacerdotisas, etc. Eles eram aqueles que proporcionavam uma ponte entre o visível e o invisível, entre o contexto diário da vida Terrestre e os reinos misteriosos do após vida, os reinos de Deus, e os espíritos do bem e do mal. Para cumprirem este papel, eles foram frequentemente rejeitados e perseguidos. Muitos foram sentenciados à fogueira pelas dádivas que possuíam. Os traumas da perseguição deixaram traços profundos na memória de sua alma. Isto pode se manifestar atualmente como um medo de ficar totalmente ancorado, isto é, um medo de estar realmente presente, porque vocês se lembram de serem brutalmente atacados por quem vocês eram.

Ficarem desorientados: A Cilada para os Trabalhadores da Luz

Os Trabalhadores da Luz podem ser pegos nos mesmos estados de ignorância e de ilusão como qualquer outra pessoa. Embora eles comecem de um ponto de partida diferente, a sua capacidade de abrir caminho através do medo e da ilusão, a fim de atingir a iluminação, pode ser impedida por muitos fatores. (Por iluminação, nós queremos dizer o estado de ser no qual vocês compreendem que são essencialmente da Luz, capazes de escolher a Luz a qualquer momento).

Um dos fatores que obstruem a estrada à iluminação para os Trabalhadores da Luz, é o fato de que eles carregam um pesado fardo Kármico, que pode levá-los a se extraviar por algum tempo. Como afirmamos anteriormente, este fardo Kármico está relacionado às decisões que eles uma vez tomaram em relação à humanidade em seus estágios iniciais. Estas decisões foram essencialmente desrespeitosas à vida (nós falaremos disto mais tarde, neste capítulo). Todos os Trabalhadores da Luz agora vivos, desejam corrigir alguns dos seus erros passados e restaurar e cuidar do que foi destruído devido àqueles erros.

Quando os Trabalhadores da Luz avançarem através do fardo Kármico, o que significa, liberarem a necessidade pelo poder de qualquer modo, eles compreenderão que eles são essencialmente seres de luz. Isto os capacitará a ajudar outros a encontrarem os seus próprios eus verdadeiros. Mas, primeiro, eles mesmos têm que passar por este processo. Isto geralmente requer grande determinação e perseverança a um nível interno. Porque a sociedade os estimula com valores e julgamentos que frequentemente vão contra os seus próprios impulsos naturais, muitos Trabalhadores da Luz se desorientaram, terminando em estados de dúvida em relação a si mesmos, autonegação e até depressão e desespero.

Isto é porque eles não podem se ajustar à ordem estabelecida das coisas e eles concluem que deve haver algo terrivelmente errado com eles. O que os Trabalhadores da Luz têm que fazer neste ponto, é deixar de procurar validação do exterior - dos pais, amigos ou da sociedade. Em algum ponto no tempo, vocês que estão lendo isto, terão que dar o salto significativo para a verdadeira capacitação, o que significa, acreditarem realmente em si mesmos, honrarem verdadeiramente e agirem de acordo com as suas inclinações naturais e a sua sabedoria interior. Nós os convidamos a assim fazerem e lhes asseguramos que estaremos com vocês a cada passo do caminho - assim como vocês estarão lá para outros em seu caminho, no futuro não muito distante.
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